Uma nova realidade em moradia para famílias quem vive nas áreas rurais. O Governo Federal anunciou a seleção de mais de 75 mil unidades habitacionais em todo o Brasil, através do programa Minha Casa, Minha Vida Rural. Em Surubim, serão 100 moradias construídas em diversas localidades rurais.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e a fixação do homem no campo, esse programa busca impactar positivamente comunidades rurais em todo o país. Contempla agricultores familiares, povos indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos e comunidades tradicionais residentes em áreas rurais.
Em Surubim, as moradias serão construídas através da concessão de financiamento, em condições especiais de subsídio. Serão beneficiados agricultores e trabalhadores rurais, selecionados dentro dos critérios do programa, possuindo renda mensal de até dois salários mínimos por família (renda bruta familiar anual até R$ 31.680,00).
ÁREA RURAL
As 100 moradias que serão beneficiadas estão localizadas em vários pontos do município: Capim de Cima, Capim de Baixo, Taperinha, Lagoa do Capim, Cai-ai, Impoeiras, Gangungo, Lagoa da Vaca, Tamanduá, Oiteiro Redondo, Lajes de Desterro, Lajes de Mimoso, Furnas, Pinhões, Sítio Lério, Cachoeira do Taepe, Nilos, Alegre, Capoeira do Milho e Imbé.
Entidades organizadas de Movimentos Sociais e Associações enviaram propostas que foram analisadas e selecionadas de acordo com os critérios previstos na portaria do programa. Em Surubim, foram contempladas duas entidades: Associação dos Agricultores do Sítio Pinhões e Região e Associação dos Produtores Rurais do Sítio do Capim. As duas entidades realizam parceria técnica com o Idehac (Instituto de Desenvolvimento Habitacional Canaã), com sede no município de Assú, no Rio Grande do Norte e escritório em Recife.
O Idehac trabalhou junto com as associações nos projetos para construção e reformas de unidades habitacionais rural. “A entidade ajudou na elaboração dos processos de inscrição da entidade organizadora, além dos projetos Cadastral e Fundiário, Social e de Engenharia dos beneficiários e localidades onde serão construídas as casas”, explica André Cardoso, coordenador geral de projetos em Pernambuco do Idehac.
As casas deverão ser construídas seguindo características específicas. Devem ter esquadrias em madeira, vidros, alumínio ou ferro; piso em cerâmica; estrutural com colunas e radier (inferior e superior); ser rodeada de calçada; contar com pintura em uma única cor na frente e ter instalação elétrica com três circuitos.
A partir de agora, as entidades terão até 120 dias para conseguir todas as documentações necessárias para validar os serviços e iniciar as obras de construção das unidades. “Como esse processo é bastante burocrático, já saímos na frente e estamos finalizando junto com as duas associações a documentação das famílias beneficiadas para garantir a execução dos trabalhos”, detalha André.
CONQUISTA
A presidente da Associação dos Produtores Rurais do Sítio do Capim de Cima, Geilza Santos da Silva, lembra dos esforços que as duas associações tiveram para que os projetos fossem aprovados. “É gratificante essa conquista alcançada. Atender essas famílias que necessitavam de uma nova moradia, de ter seu espaço e de criar seus filhos em um ambiente decente. Além disso, o programa ajuda a combater o êxodo rural e ajuda a manter toda a família no campo”, comenta Geilza.
Em Pernambuco, o programa Minha Casa, Minha Vida Rural vai beneficiar 6.203 moradias. Aqui na região do Agreste Setentrional, outros municípios foram contemplados, incluindo Casinhas (50 moradias), Bom Jardim (50), Vertentes (49), Orobó (50), Taquaritinga do Norte (43), Limoeiro (74) e João Alfredo (175).
